V. — Convenho que, entre os detratores do Espiritismo, há muita gente inconsciente, como esses que acabais de citar; mas, ao lado deles, não se encontrarão também homens de real valor, cujas opiniões têm certo peso? A. K. — Não o contesto. A isso respondo que o Espiritismo também conta em suas fileiras muitos homens de valor não menos real; digo-vos mais: a imensa maioria dos espíritas se compõe de homens inteligentes e de estudo; só a má-fé pode dizer que seus adeptos são recrutados entre as mulheres simples e as massas ignorantes. Um fato peremptório responde, além disso, a essa objeção; é que, apesar de todo o saber, de todo o poder oficial, ninguém consegue deter o Espiritismo na sua marcha; e, entretanto, não há um só dos seus contrários, seja ele o mais obscuro folhetinista, que se não tenha lisonjeado com a ideia de dar-lhe um golpe mortal; sem querê-lo, todos, sem exceção, concorreram para a sua vulgarização. Uma ideia que resiste a tantos assaltos, que avança impávida atrav